Aconteceu na noite do último sábado a grande final do halterofilismo masculino na classe até 88kg das Paralimpíadas de Tóquio.
Batendo o recorde paralímpico ao conseguir erguer 231kg, o jordaniano Abdelkareem Mohmmad conquistou a medalha de ouro e o lugar mais alto do pódio, tendo ao seu lado o chines Jixiong Ye com a prata e o egípcio Hany Abdelhady com o bronze. Representando o Brasil, o cicerodantense Evanio da Silva, que também disputava a prova, terminou na oitava colocação do halterofilismo masculino até 88kg.
Evanio teve três tentativas para erguer 200kg na prova, mas não conseguiu completar nenhuma delas e acabou ficando com a última colocação da prova.
Até o momento, o Brasil possui uma medalha no halterofilismo na história dos Jogos Paralímpicos. Na categoria até 88 kg, o cicerodantense Evânio da Silva faturou a prata em 2016 (Rio de Janeiro), após erguer 205 kg na primeira tentativa e 210 kg na segunda. Na terceira oportunidade, ele tentou levantar 215 kg, mas não teve êxito.
Ainda bebê, com seis meses de idade, Evânio teve poliomielite. Em Cícero Dantas, o acesso aos recursos de saúde era bem difícil. Após uma cirurgia, deu seus primeiros passos apenas aos cinco anos de idade. Desde então, caminha com pouca mobilidade, pois ficou com um encurtamento na perna direita como sequela da doença
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Durante as disputas, cada competidor teve três tentativas, e o maior peso levantado é o resultado final. São três árbitros analisando o desempenho dos atletas. O trio utiliza uma bandeira branca e uma vermelha para avaliar a participação dos halterofilistas.
A bandeira branca significa que o movimento foi válido, e a vermelha quer dizer que não foi válido. O atleta precisa ter, pelo menos, duas bandeiras brancas para que a tentativa seja considerada válida. As tentativas são compostas de três etapas. Na primeira, o atleta deve suportar o peso com os braços estendidos (posição inicial), depois de os apoios do peso serem retirados e o comando de início seja dado pelo árbitro. Posteriormente, o competidor precisa descer a barra até encostá-la no corpo com uma parada evidente. E, para completar o movimento, deve elevá-la até a posição inicial, com não mais de 20 graus de perda em ambos os cotovelos.
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